quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Como Derrubar Mitos e Simplificar Sua Vida

Simplicidade-225x300

A maioria de nós vive cercado de excessos. Muitos gastos, muita tralha, muitos compromissos e responsabilidades. Eu te convido a simplificar a sua vida!

Eu já falei sobre o assunto antes, mas volto a bater nessa tecla.

Se tem uma coisa em que a crise financeira nos ajuda é a sermos mais centrados e ter os pés no chão no momento de definirmos os caminhos de nossas vidas. Chegar ao auge é divertido, mas dá muito trabalho. E não é só questão de dinheiro, também dispende muita energia e esforço.

A constante perseguição por sucesso e mais, mais e mais, acaba sacrificando o que realmente é importante para você.

Durante muito tempo somos ensinados que mais é melhor. Você sonha com a calma em meio ao caos? Você sonha em apertar um botão e ser transportado para uma época de tranquilidade? Saiba que você pode criar um oásis de paz para você mesmo e sua família. Mas para isso, você precisa reavaliar o conceito de simplicidade e derrubar três mitos sobre o assunto.

Mito 1: Simplificar significa ter e fazer menos

Claro que não! Simplificar não é necessariamente menos. Pode ser mais. Mais tempo, mais diversão, mais alegria, mais realização, enfim, mais daquilo que realmente nos enriquece.
Veja bem, você não pode sair removendo tudo que é coisa da sua vida. Se for assim, você vai sentir um enorme vazio. A idéia é eliminar o que não é importante e adicionar o que é.
Para ajudar a identificar o que é importante e o que não é, pense nas coisas como ativo e passivo.

Ativos
Algo que tem valor ou pode ser importante de alguma maneira. Exemplos óbvios seriam: ações, imóveis, terrenos, ouro, etc. Mas pense num ativo como algo mais abrangente.
Um ativo é qualquer coisa que:
- valoriza;
- provê algo de valor como dinheiro, alegria, segurança, felicidade, etc;
- te fortalece;
- te impulsiona em direção aos seus objetivos;
- gera stress positivo e excitação saudável;
- relaxa e acalma;
- aumenta a saúde e a vitalidade.

Passivos
São obrigações, débitos e coisas que custam mais dinheiro do que elas produzem. Novamente vamos pensar de forma mais agrangente.
Um passivo é alguma coisa que:
- desvaloriza;
- elimina ou reduz algo de valor como dinheiro, segurança, felicidade, etc;
- te enfraquece;
- te distancia dos seus objetivos;
- gera stress negativo e depressão;
- cria ansiedade ou agitação;
- diminui a saúde e a vitalidade.

Em resumo: o ativo agrega e o passivo desagrega.
E como isso te ajuda a simplificar? Faça um inventário na sua vida: de amigos e outros relacionamentos, de projetos, de compromissos, de gastos, das coisas que você possui e de seus objetivos. Não precisa fazer tudo de uma vez! Separe por áreas e faça aos poucos. Crie uma grande lista.
Agora, com base nos tópicos que relacionamos acima, classifique cada item como Ativo (A) ou Passivo (P).
O próximo passo é eliminar o máximo possível de passivos. Claro, alguma coisa vai sobrar. Mas o importante é identificar o que traz valor para a sua vida. Como simplificar não significa ter ou fazer menos, encha sua vida de ativos.

Mito 2: Simplificar significa ter uma vida simples

Errado! Se o “simples” é o que você deseja e o “simples” vai de encontro ao que é importante para você, então você deveria ser “simples”. Concorda?
Simplificar pode significar remover atividades simples e mundanas, enquanto adiciona-se outras complexas e desafiadoras.
É natural você se sentir entediado ou até se aborrecer com tarefas muito fáceis e que não apresentam nenhum desafio. Normalmente, quanto mais complicada é uma tarefa, mais difícil é se concentrar nela. Entretanto, se uma pessoa faz o que gosta e está motivada, focar a mente em uma tarefa complexa torna-se parte do objetivo final e automaticamente tudo fica mais fácil e divertido.
Simplificar pode significar complexidade. Porque não?! Se funciona para você, ok, vá em frente!

Mito 3: Simplificar requer eliminar suas propriedades e se tornar um monge

Convenhamos, isso é um absurdo! Simplificar, fatalmente nos leva a eliminar muito “entulho”, mas nem por isso você precisa ser radical e alterar sua vida para obter os benefícios.
Quando falamos em dieta, logo aparecem palavras em nossas mentes como: escassez, fome e eliminação. Quando se fala em simplificar, certamente pensamos em palavras semelhantes: cortar, remover, perder, etc.
Em vez de focar no que é preciso eliminar, concentre-se naquilo que precisa ser adicionado. O que é importante para você? O que você quer fazer mais e com maior frequência? Que atividades irão te aproximar do seu ideal de vida? Aqui estão alguns exemplos:
- passar mais tempo “conectado” com minha esposa e minhas filhas;
- ser o melhor pai que eu possa ser;
- ajudar, encorajar e inspirar outras pessoas;
- ser “absurdamente” saudável;
- ser financeiramente seguro;
- assistir mais filmes, viajar, curtir meus brinquedos tecnológicos, etc.

Observe que não são objetivos específicos, mas que representam grandes e importantes metas. Eles atuam como filtros, selecionando o que é importante em minha vida.

Simplificar a vida pode ser muito fácil. Tudo o que você precisa fazer é se distanciar do que é desnecessário, que não te traz prazer e felicidade, ou não está de acordo com suas prioridades. Caso contrário, adicione à sua vida e aproveite!

Publicado em 06/10/2009 por Rui Nelson em http://www.ruinelson.net/

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Esperar?

"A vida não é sobre esperar a tempestade passar. É sobre aprender a dançar na chuva.”

Agora, pense comigo e responda francamente:  

E S P E R A R ?

Somos ensinados a esperar e acreditar que seremos recompensados por nossa espera. E muitas vezes a chuva continua a cair e ficamos escondidos sob uma árvore, ou dentro de casa, dizendo que "se não estivesse chovendo...".

Mas por que você está esperando? Por que não começa HOJE aquilo que deseja? Comece com alegria, mesmo que o barco pareça estar afundando. Por que só assim você conseguirá reverter o quadro. Nem sempre pensamento positivo ajuda, mas pensamento negativo SEMPRE atrapalha.

Se você fica de cara fechada e mau humor, devido a sua "realidade", é bom acontumar-se. Porque cara feia atrai ótimas razões para continuar a ter cara feia.

Você não é assim. No fundo, nunca foi. Vamos lá, é hora de aproveitar a tempestade.

Vamos dançar na chuva hoje?

Aldo Novak
Coach

domingo, 9 de agosto de 2009

Terapia do Elogio

Technorati Marcas:

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde se nota que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não se valoriza mais as qualidades, só se ouve críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos que fazem elogios.

Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência, são pessoas que têm a obrigação de cuidar do corpo, do rosto e sempre se apresentar bem.


Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo nos lares, o excesso de orgulho, impedem que as pessoas digam o que sentem, levando assim essa carência para dentro dos consultórios médicos. Acabam com seu casamento porque procuram em outras pessoas o que não conseguem em casa.

Vamos valorizar nossas famílias, amigos, alunos, mestres, subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, a sinceridade, a lealdade, a confiança, o comportamento de nossos filhos.

Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim, nós todos vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, em que é impossível viver sozinho, e os elogios são a motivação da nossa vida.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje, elogiando-as de alguma forma? Declarando-lhes amor, agradecendo a companhia, elogiando seu trabalho, sua maneira de ser!Não vamos confundir um elogio saudável com elogios a vaidade.
Precisamos de incentivos para o bem e para o Amor...

DIGA AGORA A TODOS SEUS FAMILIARES E AMIGOS: FOI MUITO BOM CONHECER VOCÊ!

Arthur Nogueira (Psicólogo)

http://obemviver.blogspot.com/2009/07/terapia-do-elogio-arthur-nogueira.html

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Trilha de Contradições - Lya Luft


'Convencidos de que pensar dói e de que mudar é negativo, tateamos sozinhos no escuro, manada confusa subindo a escada rolante pelo lado errado'

'Viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce.' Já escrevi sobre essa frase. Sim, repito alguns temas, que são parte do meu repertório, pois todo escritor, todo pintor, tem seus temas recorrentes. No alto dessa escada nos seduzem novidades e nos angustia o excesso de ofertas. Para baixo nos convocam a futilidade, o desalento ou o esquecimento nas drogas. Na dura obrigação de ser 'felizes', embora ninguém saiba o que isso significa, nossos enganos nos dirigem com mão firme numa trilha de contradições.



Apregoa-se a liberdade, mas somos escravos de mil deveres. Oferecem-nos múltiplos bens, mas queremos mais. Em toda esquina novas atrações, e continuamos insatisfeitos. Desejamos permanência, e nos empenhamos em destruir. Nós nos consideramos modernos, mas sufocamos debaixo dos preconceitos, pois esta nossa sociedade, que se diz libertária, é um corredor com janelinhas de cela onde aprisionamos corpo e alma. A gente se imagina moderno, mas veste a camisa de força da ignorância e da alienação, na obrigação do 'ter de': ter de ser bonito, rico, famoso, animadíssimo, ter de aparecer – que canseira.

Como ficcionista, meu trabalho é inventar histórias; como colunista, é observar a realidade, ver o que fazemos e como somos. A maior parte de nós nasce e morre sem pensar em nenhuma das questões de que falei acima, ou sem jamais ouvir falar nelas. Questionar dá trabalho, é sem graça, e não adianta nada, pensamos. Tudo parece se resumir em nascer, trabalhar, arcar com dívidas financeiras e emocionais, lutar para se enquadrar em modelos absurdos que nos são impostos. Às vezes, pode-se produzir algo de positivo, como uma lavoura, uma família, uma refeição, um negócio honesto, uma cura, um bem para a comunidade, um gesto amigo.

Mas cadê tempo e disposição, se o tumulto bate à nossa porta, os desastres se acumulam – a crise e as crises, pouca trégua e nenhuma misericórdia. Angústias da nossa contraditória cultura: nunca cozinhar foi tão chique, nunca houve tantas delícias, mas comer é proibido, pois engorda ou aumenta o colesterol. Nunca se falou tanto em sexo, mas estamos desinteressados, exaustos demais, com medo de doenças. O jeito seria parar e refletir, reformular algumas coisas, deletar outras – criar novas, também. Mas, nessa corrida, parar para pensar é um luxo, um susto, uma excentricidade, quando devia ser coisa cotidiana como o café e o pão. Para alguns, a maioria talvez, refletir dá melancolia, ficar quieto é como estar doente, é incômodo, é chato: 'Parar para pensar? Nem pensar! Se fizer isso eu desmorono'. Para que questionar a desordem e os males todos, para que sair da rotina e querer descobrir um sentido para a vida, até mesmo curtir o belo e o bom, que talvez existam? Pois, se for ilusão, a gente perdeu um precioso tempo com essa bobajada, e aí o ônibus passou, o bar fechou, a festa acabou, a mulher fugiu, o marido se matou, o filho... nem falar.

Então vamos ao nosso grande recurso: a bolsinha de medicamentos. A pílula para dormir e a outra para acordar, a pílula contra depressão (que nos tira a libido) e a outra para compensar isso (que nos rouba a naturalidade), e aquela que ninguém sabe para que serve, mas que todo mundo toma. Fingindo não estar nem aí, parecemos modernos e espertos, e queremos o máximo: que para alguns é enganar os outros; para estes, é grana e poder, beleza e prestígio; para aqueles, é delírio e esquecimento.

Para uns poucos, é realizar alguma coisa útil, ser honrado, apreciar a natureza, sentir o calor humano e partilhar afeto. Mas, em geral medicados, padronizados, desesperados, medíocres ou heroicos, amorosos ou perversos, nos achando o máximo ou nos sentindo um lixo, carregamos a mala da culpa e a mochila da ansiedade. Refletindo, veríamos que somos apenas humanos, e que nisso existe alguma grandeza. Mas, convencidos de que pensar dói e de que mudar é negativo, tateamos sozinhos no escuro, manada confusa subindo a escada rolante pelo lado errado.

Lya Luft é escritora"

Revista VEJA | Edição 2119 | 1º de julho de 2009: "Lya Luft

sábado, 9 de maio de 2009

Estar feliz não é ser feliz

Hoje me sentei em frente ao meu monitor, procurando fazer uma reflexão sobre felicidade e buscando entender os efeitos que essa palavra nos causa, no dia-a-dia seja no trabalho, em casa, na rua, na chuva ou na fazenda ou em uma casinha de sapê. Em geral, estamos felizes, mas muito poucos são felizes. Existe uma diferença entre estar e ser feliz.


Estar feliz são momentos transitórios em que vivemos após a resolução de um problema que roubou grande parte da nossa tranqüilidade e, ao resolvermos, nos sentimos leves e com aquela sensação de alívio pelo problema sanado.

Precisamos ter uma conversa com um amigo que julgamos seja importante, passamos semanas para encontrar esse amigo, nos angustiamos, ficamos ansiosos pelo encontro e quando, por fim, encontramos e conversamos, ficamos aliviados e felizes.

Às vezes, uma forte enxaqueca que nos tira o sono e nos arrebata a tranqüilidade de uma noite plena de descanso e quando essa enxaqueca vai embora, respiramos aliviados e, finalmente, podemos dormir o sono dos justos. Isso é estar feliz, é experimentar essas sensações de alívio e de bem-estar. Momentos transitórios, mas que são importantes, afinal, não agüentaríamos viver só de problemas ou de dor.

Quanto a ser feliz, é ter um estado permanente de felicidade. Eu diria que é o estado da arte como permanecêssemos em alfa e requerem de nós muita maestria, muita elegância de espírito, uma mistura de poesia e sedução com muita habilidade para viver a vida; é como diz a música:

"A vida tem sons, que pra gente ouvir precisa aprender a começar de novo, é como tocar num mesmo violão e nele compor uma nova canção".

Ser feliz é aprender a começar de novo, exige muita transpiração somada a muita inspiração, é treinar todo dia como faz um atleta ao se preparar para uma olimpíada: treina à exaustão para superar obstáculos e bater seus próprios recordes.

Ser feliz é saber tirar dos momentos de derrota, decepções, angústias, tristezas sempre uma lição que irá impulsioná-lo para uma próxima etapa da vida. É saber virar a página e agradecer a Deus pela oportunidade de uma nova lição e nunca jamais se desviar do caminho que se quer chegar.

Ser feliz é sorrir todo dia, chorar todas as noites e acreditar sempre que tudo irá mudar para melhor, no dia seguinte; saber que a vida não é uma constante música de amor; mas que a vida é musicalidade e devemos aprender com muita determinação a dançar conforme esta toca, não importa se triste ou alegre.

Ser feliz não é se conformar com tudo, é se indignar com as injustiças; é não acreditar em tudo que falam; é questionar sempre, ter vontade própria respeitando a individualidade; possuir opinião própria sabendo que a sua não é a única; saber dar valor às pequenas coisas, não deixando que nada passe desapercebido aos seus olhos. É tomar as dores dos indefesos, dos humildes, dos idosos, é entender a diversidade, saber conviver e conversar com as pessoas, mas procurar ouvir sempre, pois o silêncio é de ouro.

Ser feliz é um estado de espírito permanente, que ilumina qualquer ambiente onde se chega. Existem pessoas que não cabem em qualquer espaço, de tão felizes e iluminadas que são, tornam-se imensas, tamanho é seu grau de felicidade; são pessoas felizes e iluminadas, cuja convivência nos faz bem.

Ser feliz não é ser rico, pobre ou milionário. A felicidade transcende a classes sociais, culturas e costumes. Pessoas que são pobres e moram humildemente são mais felizes que milionários que habitam palácios. Ser feliz é um estado de graça permanente, independentemente do sol, da chuva ou do frio.

Ser feliz é saber tocar o mesmo violão e nele sempre compor uma nova canção.

Pense nisso.



por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br
Visite o Site do autor.

domingo, 29 de março de 2009

Deus não é bom. Ele é justo!

Lembro-me como se fosse hoje.
Há dez anos, mais ou menos, fui estudar em Jerusalém com Madame Colette Alboulker, na verdade, o ser que inspirou estudantes a usar a imaginação como uma forma de atingir as imagens que a mente arquiva para qualificar emoções. Ela criou a técnica que depois foi aperfeiçoada e usada por seus alunos.

Madame Colette era uma mulher forte e direta, sem trejeitos românticos ou excessivamente femininos.
Poderia até passar uma primeira impressão de ser arrogante.
Nas primeiras aulas que tive com ela, confesso que fiquei com vontade de voltar para minha terra natal.
Obriguei-me muitas vezes a olhar além do gesto e encontrar na sua alma uma bondade e candura de tocar o coração.

Num dia, no final da aula, dirigi-me a ela e coloquei uma questão que me desesperava, uma vez que estávamos em companhia de seres que falavam o tempo todo em atingir Deus sem conexões. Diálogo franco e direto com o Criador.

Perguntei, então, a ela porque Deus, que era um Ser tão bom e aberto ao diálogo com seus fiéis, permitia que a guerra fosse tão cruel e violenta naquela parte do mundo onde seu filho nasceu, cresceu e morreu.

Madame Collette descruzou os braços que apertavam seu estômago e falou num só fôlego:
- Deus não é bom. Deus é justo!
Esta resposta dada, assim, como uma baforada de neve vinda dos Himalaias, atingiu em cheio os laços das minhas crenças desatando o elo que me ligava à Igreja Católica.

Relembrei o confessionário das igrejas onde o fiel contava todos os seus pecados e, do outro lado da parede frágil de madeira, um homem em batinas perdoava em nome de Deus; prescrevia algumas penitências e despachava o cristão para seu rosário de penas.
E a gente voltava na semana seguinte com os mesmos pecados que eram perdoados e assim por diante. Que Deus bonzinho a gente aprendeu a amar!

Mas, em Jerusalém, me foi dito assim à queima roupa que Deus - que, até então, para mim tudo via e provia -- não era bom - era justo?
Confesso que fiquei muito abalada com isso. Foi como se uma ventania destelhasse meu couro cabeludo e um furacão rodasse todas as minhas células no sentido contrário ao do relógio.

Bem, o tempo passou e comecei a pensar profundamente na frase da Madame Colette que pouco a pouco fui assimilando, encontrando sentido, praticando e, finalmente, incorporando à minha existência.

Hoje, no café da manhã, uma amiga conta que seu sobrinho vai casar com a namorada de alguns anos que sabemos não gosta muito dele.
Os dois estão com muitas dificuldades financeiras e este tema tem sido a engrenagem que mais atrapalha na corrente do relacionamento.
Minha amiga, continuando a conversa, conta que os dois conseguiram mobilizar todos da família, amealharam as poupanças dos mais velhos e, por fim, fecharam as contas para pagar uma festa de arromba para 200 pessoas num bufê logo ali no bairro mais caro da cidade.

Depois, com o que conseguiram pegar emprestado do banco, vão esquiar no Chile, conhecer o Peru e talvez girar pela Bolívia numa viagem tipo adventure.

Comentei com minha amiga que talvez esse não fosse o momento para tais extravagâncias, uma vez que precisamos guardar as economias para o que possa acontecer nos próximos meses.
Uma questão de bom senso... pensei com meus botões.

Ao que ela responder num só fôlego:
- Imagina, minha cara, Deus tudo provê com sua infinita bondade. Nada há de faltar aos dois. Para que pensar no dia seguinte se o futuro a Deus pertence?
Calada, imaginei a Madame Colette respondendo a esta frase.
Mas ela já não mora em Jerusalém. Mudou-se para o céu e espero bem que Deus esteja sendo justo com ela.

Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora.

domingo, 22 de março de 2009

O problema não é o problema

Resiliência
Por Tom Coelho

“O problema não é o problema.
O problema é sua atitude com relação ao problema.”
(Kelly Young)

Hoje a tristeza me visitou. Tocou a campainha, subiu as escadas, bateu à porta e entrou. Não ofereci resistência. Houve um tempo em que eu fazia o impossível para evitar que ela adentrasse os meus domínios. E quando isso acontecia, discutíamos demoradamente. Era uma experiência desgastante.
Aprendi que o melhor a fazer é deixá-la seguir seu curso. Agora, sequer dialogamos. Ela entra, senta-se na sala de estar, sirvo-lhe uma bebida qualquer, apresento-lhe a televisão e a esqueço! Quando me dou por conta, o recinto está vazio. Ela partiu, sem arroubos e sem deixar rastros. Cumpriu sua missão sem afetar minha vida.

Hoje a doença também me visitou. Mas esta tem outros métodos. E outros propósitos. Chegou sem pedir licença, invadindo o ambiente. Instalou-se em minha garganta e foi ter com minhas amígdalas. A prescrição é sempre a mesma: amoxicilina e paracetamol. Faço uso destes medicamentos e sinto-me absolutamente prostrado. Acho que é por isso que os chamam de antibióticos. Porque são contra a vida. Não apenas a vida de bactérias e vírus, mas toda e qualquer vida...

Hoje problemas do passado também me visitaram. Não vieram pelo telefone porque palavras pronunciadas ativam as emoções apenas no momento e depois perdem-se, difusas, levadas pela brisa. Vieram pelo correio, impressos em papel e letras de baixa qualidade, anunciando sua perenidade, sua condição de fantasmas eternos até que sejam exorcizados.

Diante deste quadro, não há como deixar de sentir-se apequenado nestes momentos. O mundo ao redor parece conspirar contra o bem, a estabilidade e o equilíbrio que tanto se persegue. O desânimo comparece estampado em ombros arqueados e olhos sem brilho, que pedem para derramar lágrimas de alívio. Então, choro. E o faço porque Maurice Druon ensinou-me, através de seu inocente Tistu, que se você não chora, as lágrimas endurecem no peito e o coração fica duro.

Limão e Limonada
As Ciências Humanas estão sempre tomando emprestado das Exatas, termos e conceitos. A última novidade vem da Física e atende pelo nome de resiliência. Significa resistência ao choque ou a propriedade pela qual a energia potencial armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão incidente sobre o mesmo.

Em Humanas, a resiliência passou a designar a capacidade de se resistir flexivelmente à adversidade, utilizando-a para o desenvolvimento pessoal, profissional e social. Traduzindo isso através de um dito popular, é fazer de cada limão, ou seja, de cada contrariedade que a vida nos apresenta, uma limonada, saborosa, refrescante e agradável.

Aprendi que não adianta brigar com problemas. É preciso enfrentá-los para não ser destruído por eles, resolvendo-os. E rapidamente, de maneira certa ou errada. Problemas são como bebês, só crescem se forem alimentados. Muitos deles resolvem-se por si mesmos. Mas quando você os soluciona de forma inadequada eles voltam, dão-lhe uma rasteira e, aí sim, você os anula corretamente.
A felicidade pontuou Michael Jansen, não é a ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio. A felicidade é quando grandes problemas são bem administrados.

Aprendi a combater as doenças. As do corpo e as da mente. Percebê-las, identificá-las, respeitá-las e aniquilá-las. Muitas decorrem não do que nos falta, mas do mal uso que fazemos do que temos. E a velocidade é tudo neste combate. Agir rápido é a palavra de ordem. Melhor do que ser preventivo é ser preditivo.

Aprendi a aceitar a tristeza. Não o ano todo, mas apenas um dia, à luz dos ensinamentos de Victor Hugo. O poeta dizia que “tristeza não tem fim, felicidade sim”. Porém, discordo. Penso que os dois são finitos. E cíclicos. O segredo é contemplar as pequenas alegrias ao invés de aguardar a grande felicidade. Uma alegria destrói cem tristezas...

Modismo ou não, tornei-me resiliente. A palavra em si pode cair no ostracismo, mas terá servido para ilustrar minha atitude cultivada ao longo dos anos diante das dificuldades, impostas ou auto-impostas, que enfrentei pelo caminho, transformando desânimo em persistência, descrédito em esperança, obstáculos em oportunidades, tristeza em alegria.
Nós apreciamos o calor porque já sentimos o frio. Apreciamos a luz porque já estivemos no escuro. Apreciamos a saúde porque já fomos enfermos.

Podemos, pois, experimentar a felicidade porque já conhecemos a tristeza. Olhe para o céu, agora! Se for dia, o sol brilha e aquece. Se for noite, a lua ilumina e abraça. E assim será novamente amanhã. E assim é feita a vida.


FONTE: http://www.cnd.com.br

segunda-feira, 9 de março de 2009

O CONTRÁRIO DO AMOR

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

Martha Medeiros


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Não sei, não quero saber...

Não sei, não quero saber, e que quem saiba não me conte!

Tenho observado com mais critério, ultimamente, uma situação
recorrente nos relacionamentos atuais. É o desejo exagerado e a
valorização equivocada que muita gente tem nutrido acerca da
"transparência".

Tenho ouvido várias pessoas afirmando categoricamente que
preferem saber de tudo o que seus parceiros fazem, ainda que
isso sirva sobretudo para dilacerar sua alma, destruir seu coração
e pisotear sobre seus valores.

Isso sem falar do Orkut, um 'site-vitrine' exposto, por algumas
pessoas, de modo leviano, e transformado num mundo de
fantasias absurdas. E se não bastasse a construção diária de
tamanha ilusão, milhares de pessoas se deixam influenciar por ela
para fazer escolhas importantíssimas em sua vida!

E o que vemos, por fim, é o resultado de desejos enrustidos e
tentativas 'mortas', mascaradas, carentes de coragem, verdade e
força para se tornarem concretas. Claro que existem vantagens
de se usar o Orkut, mas é preciso maturidade para usufruir delas!

Enfim, vivemos a era da transparência, mas nem sabemos o que
isso significa e para quê serve. Queremos saber da vida do outro
sob a justificativa de que somos sinceros e desejamos
reciprocidade, de que preferimos agüentar a dor da verdade a
imaginar a hipótese de estarmos "sendo feito de bobos".

O que é isso?!? Desde quando estamos prontos para uma
verdade que, no final das contas, nem existe? Desde quando o
humano é passível de tanta transparência?!? Não sabemos nem
de nós mesmos, o que dirá do outro!!! Mudamos de idéia,
pensamento e até de opinião o tempo todo e queremos que o
outro nos passe relatório de seu mundo interior!!! Como assim?

E depois não entendemos por que estamos tão neuróticos, tão
depressivos, tão ansiosos, tão estressados... Desejamos uma
verdade sem nos darmos conta de que, para conhecê-la,
precisamos antes investir em nosso amadurecimento, em nosso
equilíbrio, na consciência superior de quem somos e o que temos
para transparecer ao outro.

Mas, não! Simplesmente almejamos a utópica sensação de poder,
de controle, de manipulação acerca do futuro e da vida alheia... e
o que conseguimos? Frustração, decepção, brigas, cobranças,
desentendimentos, rompimentos, lágrimas, ofensas, desrespeito e
humilhações.

Não estou defendendo nenhuma das partes: nem a que constrói
uma fantasia sob o rótulo de verdade e nem a que se corrói por
descobri-la, como se acabasse de encontrar um mapa do
'tesouro'. Tudo o que temos encontrado, nestas buscas insanas e
infantis, está mais para bomba-atômica do que para algo que se
pareça com alguma verdade ou tesouro.

Sugiro que, antes de saber, querer saber ou perguntar a quem
sabe sobre o quanto o outro tem sido sincero, transparente e
verdadeiro conosco, consigamos responder a nós mesmos quais
são as nossas verdades, o que temos feito para ser
verdadeiramente transparentes. Com que intensidade e por
quanto tempo podemos manter um determinado sentimento, uma
opinião ou uma circunstância...

E que todos nós, em alguma medida, seguindo o ritmo de nossa
maturidade, percebamos que mais importante do que saber tudo
sobre o outro é nos mantermos focados em nossas intenções, no
desejo real de viver o que há para ser vivido... e a verdade do
outro será apenas e tão somente uma natural conseqüência...

Que paremos, de uma vez por todas, de nos deixar influenciar por
fantasias ou - pior - de investir tanto tempo construindo fantasias
por conta própria, seja sobre nosso próprio mundo, seja sobre o
mundo do outro.

Porque a transparência de fato não está no que ele diz ou faz,
nunca! Está dentro de cada um; em cada uma das escolhas que
fazemos a cada instante, e que tantas vezes nem percebemos...

Estarmos um pouco mais atentos às escolhas que temos feito e,
assim, sabermos um pouco mais sobre nós mesmos, é o que
realmente importa!

Rosana Braga

Rosana Braga é Escritora, Jornalista e Consultora em
Relacionamentos Palestrante e Autora dos livros "Alma Gêmea -
Segredos de um Encontro" e "Amor - sem regras para viver", entre outros.
www.rosanabraga.com.br
Email: rosanabraga@rosanabraga.com.br





segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Os arrogantes

Defeitos, quem não os tem? Há os avarentos, os mal-humorados, os fofoqueiros, os mentirosos, os chatos. Não os expulsamos a pontapés do universo porque todos nós, com maior ou menor freqüência, um dia também já fomos pães-duros, já passamos uma maledicência adiante e já torramos a paciência alheia.


É preciso ser tolerante com os outros se queremos que sejam conosco, não é o que dizem? Então, ok, aceitam-se as falhas do vizinho. Mas arrogância não tem perdão. E os arrogantes não são poucos. Façamos aqui um retrato falado: são aqueles que andam de nariz em pé, certos de que são o último copo d'água do deserto.


Aqueles que são grosseiros com subalternos, que empolgam-se ao falar de atributos que imaginam ser exclusivos deles, os que furam a fila do restaurante e tomam como ofensa pessoal caso sejam instalados numa mesa mal localizada. São os que ostentam, que dão carteiraço e que sentem um prazer mórbido em humilhar aqueles que sabem menos - ou que podem menos.


São os preconceituosos e os que olham o mundo de cima pra baixo. Será que eles acreditam que são assim tão superiores? Lógico que não, e isso é que é patético. Os arrogantes são os primeiros a reconhecer sua própria mediocridade, e é por isso que precisam levantar a voz e se auto promover constantemente. Eles não toleram a porção de fragilidade que coube a todos nós, seres humanos, e não se acostumam com a idéia de que são exatamente iguais aos seus semelhantes, sejam estes garçons, porteiros da boate ou executivos de multinacionais.


Dão a maior bandeira da sua insegurança. O arrogante acredita que todos estão a falar (mal) dele, lê entrelinhas que não existem, escuta seu nome mesmo quando não foi pronunciado e, ao descobrir que não é mesmo dele que estão falando, aí é que morre de desgosto. Todo arrogante traz um complexo de inferioridade que salta aos olhos. Sempre tive um pouco de pena deles pelo papelão que desempenham em público.


Dizem que Naomi Campbell entra nas melhores butiques brasileiras, escolhe algumas roupas e sai sem pagar, acreditando estar enaltecendo a loja com sua simples presença no estabelecimento. É uma arrogante folclórica e inofensiva. Atentos devemos ficar aos arrogantes armados: os que invadem países, os que destroem quem atravessa seu caminho. O caso do juiz cearense é típico: quis entrar num supermercado que já havia fechado e o vigia teve a petulância de tentar impedir. Levou um tiro, claro.


Que o juiz alega ter sido acidental, sem explicar a razão de, depois de disparar, não ter nem ao menos olhado pro cadáver e ter ido direto às gôndolas atrás do que queria comprar: cerveja, gilete, sorvete, sabe-se lá o que lhe era tão urgente. Repare bem: quase todos os atos de violência são protagonizados por um arrogante que entra em pânico com a palavra não.


Mais vale a lágrima da derrota do que a vergonha de não ter lutado, por isso lute por tudo aquilo que sonhaste, mesmo que te custe uma lágrima derramada! A vitória mais bela que se pode alcançar é vencer a si mesmo.


Martha Medeiros



quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Crise

Crise

"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.

Começa com aquelas crianças famintas da África.

Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.

Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.
Se quiser, repasse, se não, o que importa?
"O nosso almoço tá garantido mesmo..."

Atribuído ao Muniz Neto - diretor de criação e sócio da Bullet
In "http://amigosdofreud.blogspot.com/"

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