sábado, 31 de maio de 2008

O que é ser bondoso para si mesmo?

“Seja gentil. Seja bondoso para com o próximo”.Você já deve ter lido muito isso ou ouvido falar essas palavras. Porém, o ensinamento do yoga diz: Seja bondoso para consigo mesmo em primeiro lugar.
Muitas pessoas dizem que sabem praticar o bem ao próximo, mas não sabem como ser bondosas para com elas mesmas.
É realmente importante ser bondoso para com os outros, mas, geralmente, as pessoas se esquecem de que também é muito importante serem bondosas para com elas mesmas.

Vamos contemplar:

O que é ser bondoso para si mesmo?
Ser bondoso consigo mesmo é se respeitar, ter consideração consigo mesmo. É cultivar emoções positivas, ter uma mente tranqüila, gentil, silenciosa, com autodomínio.
Para a medicina chinesa, as emoções interferem no funcionamento do organismo. Cada emoção rege um órgão e este nutre uma estrutura. A tristeza, por exemplo, está associada ao pulmão que tem ligação com a pele. Assim, quem se sente triste perde o frescor da pele, pode adoecer de pneumonia, rinite, alergia e herpes.
Quando você sente raiva e guarda mágoas, você se sente mal e prejudica a si mesmo.
Em pesquisas na Universidade de Harvard, cientistas descobriram que quando uma pessoa se encoleriza, forma-se toxina no sangue, causando mal-estar. É como se envenenar.
Então, sem se dar conta disso, a pessoa se torna seu próprio inimigo, sendo má para si mesma. E, às vezes, ela se justifica dizendo que sentiu raiva porque o outro é ruim ou fez algo errado.
Quando diz algo desaforado ou fala mal dos outros, a própria pessoa fica emocionalmente perturbada. As vibrações negativas dos insultos ficarão gravadas em seu interior, pois as emoções negativas são como os piores inimigos.
Então, contemple isso: Por que se prejudicar se o outro errou? Por que guardar ressentimentos e acabar com a paz de sua mente?
Sentir raiva é humano, mas uma pessoa evoluída tem pouca raiva e não fica guardando essa raiva, remoendo com seus pensamentos.
Quando sentir raiva, deve esquecê-la rapidamente, porque quanto mais se lembrar dela, mais ela queimará seu coração, fazendo mal para sua saúde, trazendo também inquietude interior.
Não durma com raiva, nem conserve sua raiva para o dia seguinte. Procure limpar seu coração. Não fique relembrando o que aconteceu, o que o outro disse ou fez, pois ao fazer isso, você é que está fazendo mal a si mesmo. O outro pode nem estar sofrendo, mas você está se sentindo infeliz.
Como disse Swami Sivananda: “Ataques violentos de mau humor produzem danos sérios nas células do cérebro, espalham produtos químicos venenosos no sangue, causam depressão, suprimem a secreção dos sucos gástricos, a bílis e outros, nos canais digestivos, esgotam sua energia e vitalidade, provocam velhice prematura e encurtam a vida”.
Quando você se zanga, sua mente fica perturbada. Assim também, quando sua mente se perturba, seu corpo sente distúrbios e todo seu sistema nervoso se agita.
Na Bhagavad Gita, um livro sagrado do yoga, Krishna diz: “Oh! Arjuna, deixe de pensar em seus inimigos externos. Em vez disso, conquiste seus inimigos internos”.
Entenda que muitos conflitos entre pais e filhos, brigas conjugais, inimizades surgem do ego negativo, da teimosia, do egoísmo, das emoções negativas como ciúme e raiva.
Sorria mais, agradeça, não guarde mágoas, nem viva com raiva. Quando você tem atitudes como essas e busca o equilíbrio adquire mais saúde e mais alegria.
Pense em alguém como sendo um amigo e isso começa a se tornar realidade. Controle os venenos da mente pelo amor e pela razão. Seja bondoso com você mesmo.
Fique em paz!
Deus em mim saúda Deus em você!

por Emilce Shrividya Starling

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Por que as atitudes da pessoa amada irritam tanto você?!

É estranho e paradoxal: ao mesmo tempo que amamos muito uma pessoa, com o passar do tempo as suas atitudes passam a nos irritar e nos incomodar demais. Perdemos a paciência facilmente e passamos a tratá-la com grosserias, pouca compreensão e até uma certa raiva...

Com as pessoas estranhas ou colegas de trabalho parece não acontecer o mesmo! Costumamos ter mais cautela e medir mais as palavras na hora de expressarmos algum descontentamento. Mas com a pessoa amada, rasgamos o verbo, xingamos e até ofendemos. Por quê?

Carl Jung, um dos precursores da psicanálise, já defendia a idéia de que o casamento (ou qualquer relacionamento íntimo e constante) é o tipo de relação na qual mais rapidamente podemos enxergar nossos próprios defeitos. Ou seja, a convivência com a pessoa amada é uma relação tão íntima, tão profunda e tão reveladora que, aos poucos, esta pessoa passa a “apontar” - consciente ou inconscientemente - nossos piores defeitos, nossas maiores limitações. E, convenhamos: isso é realmente irritante!

Mas, por outro lado, é também uma ótima e eficiente oportunidade de descobrirmos e admitirmos nossos erros para que possamos melhorar, crescer e nos transformar em pessoas melhores, mais inteiras e maduras. Além disso, se pararmos para analisar, poderíamos nos perguntar por que determinadas atitudes de nosso parceiro passam a ser tão “imperdoável” aos nossos olhos! Por que nos sentimos tão agredidos, ofendidos e desrespeitados por esta pessoa que, teoricamente, seria a que mais deveria nos agradar?

Será que, na verdade, o que nos irrita não é o fato de descobrirmos em nós mesmos esta falta de compreensão, de humor, de disposição, paciência e colaboração? Será que as cobranças da pessoa amada não recaem exatamente sobre nossas limitações, nos mostrando o quanto precisamos melhorar em algum ponto que tentamos ignorar a vida inteira?

É bem provável que seja justamente esta pessoa (para quem entregamos nosso coração, revelamos nossos segredos e confessamos nossos medos), a dona de uma cópia do mapa de nossos caminhos mais escuros, mais feios e mais desinteressantes... E, portanto, seja ela que esteja o tempo todo nos mostrando e nos lembrando sobre as características de nossa personalidade que mais tentamos esquecer ou mascarar. E, assim, inconformados com este “poder” que nós mesmos demos a ela, passamos a sentir raiva de suas atitudes e até dela mesma.

Mas, se conseguirmos enxergar estas situações irritantes como uma oportunidade de crescimento, talvez pudéssemos ser mais pacientes com a pessoa amada e “usá-la” como uma amiga, uma aliada, uma parceira no difícil e doloroso caminho da vida. E mais: também começaríamos a ser mais cautelosos e solidários para com esta pessoa quando fosse a nossa vez de criticá-la, de cobrá-la, de apontar os seus erros e espezinhar sobre suas limitações.
Sim! Porque não é somente o nosso parceiro que faz isso conosco. Nós também fazemos isso com a pessoa que, por sua vez, está contando com o nosso amor, a nossa amizade, um abraço, um conforto, qualquer forma de acolhimento...

Enfim, devemos saber – e nos lembrar sempre – de que o amor é um sentimento maravilhoso e que pode transformar a nossa vida numa grande alegria. Mas é também um grande mestre! Quando constituímos um relacionamento em nome do amor, devemos estar preparados para o crescimento que ele exige de cada um de nós! Se encararmos as dificuldades como empecilhos ou obstáculos, certamente este amor ruirá. Mas, se soubermos enxergar as situações difíceis como preciosas oportunidades de aprendizado, estou certa de que o amor só tende a se fortalecer.
Para isso, no entanto, precisamos ser humildes o bastante para aprendermos com a pessoa que amamos, para reconhecermos nela um ser humano com qualidades diferentes das nossas, com uma sabedoria particular, que pode acrescentar muitas lições à nossa vida. E assim, dispostos a reconhecer nossos defeitos e a ter compaixão pelo outro, poderemos transformar a nossa relação de amor numa maravilhosa oportunidade de evolução!
Rosana Braga

Rosana Braga é Escritora, Jornalista e Consultora em Relacionamentos Palestrante
e Autora dos livros "Alma Gêmea - Segredos de um Encontro"
e "Amor - sem regras para viver", entre outros.
www.rosanabraga.com.br
Email: rosanabraga@rosanabraga.com.br

OBSERVAÇÃO

Todas as matérias, links e arquivos que se encontram no site, estão hospedados na própria Internet e somente indicamos onde se encontra. Não hospedamos programas que seja de distribuiçao ilegal.
Matérias protegidas por direitos autorais conterão referências às fontes de origem, caso sejam identificadas.
Os donos, webmasters e qualquer outra pessoa que tenha relacionamento com a produção do site não tem responsabilidade alguma sobre os arquivos que o usuario venha a baixar e para que irá utiliza-los.