sábado, 26 de abril de 2008

NO CAMINHO COM SUA BAGAGEM...

"Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão... A medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, por pensar que são importantes.

A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar
tantas coisas, pesa demais, então você pode escolher: ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem.

Você pode ficar a vida inteira esperando, ou você pode aliviar o peso,
esvaziando a mala.

Mas, o que tirar ? Você começa tirando tudo para fora... veja o que
tem dentro: Amor, Amizade...nossa ! Tem bastante, curioso, não pesa nada...

Tem algo pesado.... você faz força para tirar.... era a Raiva - como
ela pesa !

Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a Incompreensão, Medo,
Pessimismo.. . nesse momento, o Desânimo quase te puxa pra dentro da mala .... Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um Sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem.... Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade.. . Aí você coloca as mãos dentro da mala de novo tira pra fora um monte de Tristeza...

Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai
precisar bastante....

Procure então o resto: a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo,
Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o Bom e Velho Humor. Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela...

Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem

o que vai colocar dentro da mala de novo, hein.

Agora é com você. E não se esqueça de fazer essa arrumação mais vezes,
pois o caminho é MUITO, MUITO LONGO, e sua bagagem, poderá pesar novamente."

terça-feira, 22 de abril de 2008

POR QUE NÂO QUEBRAMOS O NOSSO SCRIPT?

Conheço algumas pessoas que nunca na vida andaram de ônibus. Uma delas me confessou que nunca viajou de avião que não tenha sido na primeira classe. Hotéis? Sempre, sempre os de cinco, ou mais, estrelas. Muitas dessas pessoas em nenhum momento sentiram a falta de dinheiro e nem tiveram a preocupação de atrasar contas, ou temer não ter dinheiro para comprar comida.

Conheço também pessoas que passaram toda a vida sem nunca ter experimentado o sentimento amoroso. Não amaram, não foram amadas, nem mesmo os prazeres e a efemeridade do sexo puderam provar. Assim como esses exemplos, muitos de nós navegam em raias unidirecionais, sem desviar, sem que haja em nenhum momento uma transgressão na rota férrea traçada por algum demiurgo perverso, dentro ou fora de nós mesmos. Alguns por toda vida, outros por um tempo, seguimos uma órbita própria monotonal, cruzando outras tantas órbitas mas sem nem mesmo as tocar.

Há muitos e muitos anos fui preso por minha militância no movimento estudantil. Depois de interrogatórios sempre sendo tratado com cordialidade e humanitarismo, fui transferido de uma prisão para outra. Dentro do camburão, ainda todo dolorido e apavorado pelo que tinha passado, encapuzado e algemado, tive o meu primeiro insight dos universos paralelos. Era um fim de semana típico do verão carioca. O camburão parou num sinal de trânsito. Ao nosso lado um carro de passeio com uma família em direção à praia. As crianças brigavam disputando de quem seria a bóia, a mãe reclamava que precisava de um novo maiô, mas o clima era de festa, tipo vamos a la playa. Ali ao lado deles a menos de dois metros de distância estava outro ser humano, humilhado, imerso na profunda dupla escuridão, sem saber para onde iria e se um dia voltaria a ver o sol e a praia, sozinho, isolado e sua órbita prisional.

Claro que nesse caso específico eles não estavam me vendo, mas a visão também é muito relativa. Ver apenas, não significa enxergar o outro em seu universo, muito menos significa partilhar universos. Às vezes fico imaginando esses meus amigos que nunca viajaram de ônibus, como enxergam seus funcionários quando estes dizem que o ônibus atrasou, ou que estava superlotado, ou ainda que demorou duas horas até chegar no seu destino? Não enxergam. Acredito que para eles deve soar meio ficcional, distante como a lua: sabem da sua existência mas nunca irão lá, é real e ao mesmo tempo virtual.

Órbita pessoal

Muitas pessoas passam a vida presas a essa órbita pessoal e intransferível, sem chance de tocar ou trocar de roteiros. Ser prisioneiro de um universo monosignificativo, é como passar a vida tocando o samba de uma nota só, ou ver a realidade apenas em azul, ou em amarelo, ou em pink. São sempre as mesmas lamentações, as mesmas dores, as mesmas pessoas - nada muda, nem as alegrias são diversificadas, todas têm sempre o mesmo sabor. Ser prisioneiro de um universo que não penetra outros é como irmãos que casam com irmãos para manter a descendência em família. Degeneração, empobrecimento genético, psicológico, físico, etc.

Mas como fazer para mudar de órbita só para variar? O conselho de um antigo mestre ainda é perfeito e aplicável: mude uma peça da fileira de dominós, uma única peça. Pode ser um novo corte de cabelo, a mudança do estilo de vestir, a quebra (ainda que momentânea) da rotina diária, puxar conversa com o vizinho com quem nunca falou, pegar um ônibus e ir até alguma cidade onde jamais foi, passear sem rumo e depois voltar. Há muitas maneiras, mas todas extremamente difíceis de serem postas em prática, sempre haverá um “mas...”.

Muitos prisioneiros lamentam a sua sorte, o seu destino. Uns lamentam a bordo de seu carro importado, outros de dentro de seu quarto e sala. Mas raros são os que estão dispostos a mudar o corte de cabelo. Não há garantias de que se mudar algo no roteiro irá lhe trazer coisas muito boas. Você poderá ser assaltado nesse ônibus, poderá ser chamado de ridículo pelo seu namorado que irá odiar seu novo visual, o risco é inerente à quebra do script. Não mudar porém, permanecer fiel a essa órbita é perder irremediavelmente a miríade de possibilidades que a vida oferece.

por Roberto Goldkorn in “Outro Lado – Um outro jeito de enxergar o cotidiano”


segunda-feira, 21 de abril de 2008

A mão não alcança aquilo que o coração não almeja

Algumas vezes, tomamos decisões erradas - geralmente sem considerar quem somos - e acabamos caindo em um buraco do qual parece que jamais sairemos. Nos tornamos infelizes. Uma decisão errada leva até outra, que leva para outra e uma fileira de dominós acaba caindo sem parar. Vamos dormir e nos perguntamos: o que é que fiz da minha vida?

Há pessoas que, neste processo, se transformam em tubos: acordam, escovam os dentes, fazem o desjejum, trabalham, almoçam, trabalham voltam para casa, jantam, dormem e, em alguns pontos do dia, vão ao banheiro. No dia seguinte, repetem exatamente a mesma coisa. E no outro. E no outro. E no outro. Sem que haja uma luz no fim do túnel. São tubos, pelos quais passa comida.

Após uma palestra, um espectador veio dizer que sentia-se um zumbi, alguém que passa os dias apenas reagindo aos acontecimentos e pessoas, sem escolher nada do que acontecia: "Escolhi minha profissão porque tinha que agradar meu pai, me casei com alguém que mal conhecia porque estava sozinho, naquele momento, trabalho no que não gosto porque tenho que pagar as contas". E completou: "Pisquei os olhos e já passaram 30 anos, igual ao personagem do filme 'Click'." Tenho vários sonhos que ainda poderia realizar, mas será que eu devo?"

Na maioria das vezes, quando alguém pergunta isso, é porque já sabe a resposta.

Há momentos nos quais os dias parecem se repetir, na vida de todos nós, e tudo parece igual. Mas isso pode ser um bom sinal. Afinal, quando estamos na estrada, indo de uma cidade para outra, há momentos em que o ponto da estrada no qual estamos é exatamente igual o ponto que passamos quinze quilômetros antes. Isso não é um problema, já que sabemos para onde vamos. Sabemos que a estrada é o caminho para a outra cidade. A viagem pode até ser desconfortável, cansativa, longa e monótona - mas sabemos aonde queremos chegar.

Por isso, se o ponto da vida no qual estamos agora é um caminho para nos levar aonde desejamos chegar, não se preocupe com essa aparente repetição do nada. É apenas uma percepção parcial da realidade, mas dentro de algum tempo você chegará onde deseja. Continue avançando e prenda-se à realidade dos resultados, mesmo que apenas em sua mente, pois eles chegarão. Neste caso, a repetição, o hábito e a aparente monotonia são apenas a estrada que levará você até a cidade desejada. Continue firme. Cada metro que você avança será um metro a menos até seu sonho.

Por outro lado, se o ponto da vida no qual você está foi causado por uma decisão claramente equivocada, e os dias estão se repetindo como um castigo aparentemente sem razão, é hora de mudar. É o momento de balançar a árvore da sua vida, para ver o que cai, como fazíamos quando crianças e queríamos apanhar frutas. Comece mudando por dentro, imediatamente. Mude o que você escolhe ver, ler, ouvir, as pessoas com as quais escolhe estar, aquilo que você diz e o que você aprende.

Talvez não seja fácil. Sua mãe, pai, cônjuge, filhos, amigos e colegas podem reagir tentando bloquear suas mudanças, geralmente com a melhor das intenções. Mas a mão não alcança aquilo que o coração não almeja, portanto é melhor escutar seu coração para a tomada de decisões. Sempre unindo a razão e a ação contínua, claro, porque pensar apenas com o coração não é a chave. A chave é usar a razão, a emoção e a ação em tudo o que você deseja. E estes três lados devem estar alinhados, com o mesmo objetivo.

Se você estiver indo para a direção desejada, com a pessoa desejada, agindo todos os dias, a repetição não será um problema - será apenas um ponto da estrada que levará você do lugar onde está agora para a vida que deseja viver.

Pense em um tempo no qual as coisas tinham tudo para serem perfeitas. Tente voltar a este tempo, como um motorista volta para a estrada certa, após ter escolhido o caminho errado.

E volte para o caminho certo. Sua vida merece isso.

by Aldo Novak

segunda-feira, 14 de abril de 2008

FECHANDO CICLOS

É preciso saber sempre quando se acaba uma etapa da vida.

Se insistirmos em permanecer nela, depois do tempo necessário, perderemos a alegria e o sentido do resto. Fechando ciclos, fechando portas ou fechando capítulos, como queira chamar, o importante é poder fechá-los, deixar ir momentos da vida que se vão enclausurando.


Terminou seu trabalho? Acabou a relação? Já não mora mais
nessa casa? Deve viajar? A amizade acabou? Você pode passar muito tempo do seu presente dando voltas ao passado, tentando modificá-lo... O desgaste será infinito, porque na vida, você, seus amigos, filhos, irmãos, todos nós estamos destinados a fechar capítulos, virar páginas, terminar etapas ou momentos da vida, e seguir adiante.

Não podemos estar no presente sentindo falta do passado.

O que aconteceu, aconteceu. Não podemos ser filhos
eternamente, nem adolescentes eternos, nem empregados de empresas em que já não trabalhamos, nem ter vínculos com quem não quer estar vinculado a nós.

Os acontecimentos passam e temos que deixá-los ir! Por isso, às
vezes é tão importante esquecer de lembrar, trocar de casa, rasgar papéis, jogar fora presentes desbotados, dar ou vender livros... As mudanças externas podem simbolizar processos interiores de superação.

Deixar
ir, soltar, desprender-se... Na vida, ninguém joga com cartas marcadas e tem que aprender a perder e a ganhar. O passado, qualquer que tenha sido, passou: não espere que o devolvam. Força nenhuma o trará de volta, nem para o mal nem para o bem.

Também não espere reconhecimento, ou que saibam quem você
é. A vida segue para frente, nunca para trás. Se você anda pela vida deixando portas "abertas", nunca poderá desprender-se, nem viver o hoje com satisfação.

Casamentos, namoros ou amizades que não se
fecham, possibilidades de "regresso" (a quê/ para quê?), necessidade de esclarecimentos, palavras que não foram ditas, silêncios...

Aquele
ciclo está concluído, boa ou má tenha sido a conclusão. Você já não se
encaixa ali, naquele lugar, naquele coração, naquela casa, naquele escritório, naquele cargo... Você já não é o mesmo que foi há dois dias, há três meses, há um ano... Portanto, nada tem que voltar.

Feche
a porta, vire a página, feche o círculo! Você nunca foi ou será o mesmo, e nem o mundo à sua volta, porque a vida não é estática. É saúde mental - amor por você mesmo, respeito - desprender-se do que já não está em sua vida.

Lembre-se de que nada, nem ninguém é indispensável ou
insubstituível.
É um trabalho pessoal aprender a viver com o que dói, deixar-se ir. É o processo de aprender a desprender-se. E isso o ajudará definitivamente a seguir para a frente com tranqüilidade. Afinal isso é a vida!

(Autor desconhecido)

domingo, 13 de abril de 2008

Quando você cria uma meta, também cria problemas

"Nunca se vai muito longe quando não se sabe para onde está indo".
frase de Johann Wolfgang von Goethe


Quando você cria uma meta, também cria problemas.

Uma meta é como uma picada na floresta, feita para levar você até uma parte do caminho que vai até seus objetivos e sonhos mais profundos. Mas a meta não é sonho, seu objetivo maior. A meta é apenas um marco intermediário, que tem a função de ajudar você a avançar em direção ao seu sonho. Mas o sonho é orgânico, mudando um pouco a cada dia, de acordo com os acontecimentos da vida, enquanto uma meta tende a ser estática. Por isso, não deve ser de longo prazo, mas curto.

A diferença é a mesma que existe entre viajar de férias e parar em um posto de combustível. Se você tem que parar em três postos, para reabastecer durante sua viagem, cada posto é uma meta. Mas nada impede que você troque de posto a qualquer momento, em sua jornada, desde que isso ajude-o a continuar em direção ao seu sonho. A meta sempre pode ser alterada, desde que você mantenha seu sonho em vista.

Encontro pessoas que começam a fazer faculdade disso, ou daquilo, e descobrem para seu horror que odeiam a idéia de trabalhar na área para a qual estão estudando. Mas o que me impressiona é que a maioria das pessoas ao descobrirem que estão no curso errado, continuam no curso errado, como se fosse algum pecado mortal trocar de meta. Elas acreditam que sejam obrigadas a cumprir a meta.

Uma meta é algo muito bom, desde que esteja levando você para a direção certa. Muitas vezes, descobrimos que cumprir a meta significa nos afastarmos de nosso sonho, nosso Grande Objetivo. Neste caso, pode ser uma boa idéia considerar trocar de meta para manter o sonho.

O mesmo acontece com empresas. A Nokia, por exemplo, nascida em 1865, quando um engenheiro de minas finlandês, Fredrik Idestam, instalou um moinho de polpa de madeira no sul da Finlândia, começou sua história fabricando papel. Sim, a empresa começou fazendo papel e hoje produz alguns dos melhores aparelhos celulares do planeta.

Mudou suas metas para continuar seus sonhos. E crescer.

A Embraer continua crescendo como uma ilha de excelência no mundo, mas vários de seus projetos não chegaram a ser grande sucesso. O que a empresa fez? Mudou as metas, redesenhou os aviões e continuou em direção ao Grande Sonho de se tornar uma das maiores empresas de fabricação de aviões da Terra.

Procure uma pessoa ou empresa de sucesso e você estará olhando para alguém que tem várias metas, mas poucos sonhos. As metas criam alinhamento com os sonhos, mas podem ser trocadas a qualquer momento, quando as condições mudam. Os sonhos sempre estão em menor quantidade por que são mais importantes e mudam menos.

As metas podem mudar a qualquer momento. Sem dó, porque criam limitantes e podem engessar sua liberdade. Se você está em uma floresta na qual construirá uma casa e decide abrir uma picada, que facilite a vida das pessoas que visitarão você, estará limitando a direção para a qual as pessoas vão, evitando que elas caminhem por outros lados da mata, chegando logo até sua casa.

Isso não é necessariamente ruim, nem bom. Apenas limitante.

Desde que você construa sua casa no lugar planejado, ótimo. Mas se você resolver que vai construir sua casa trezentos metros para a esquerda, e já tiver feito a picada, pode ser que as pessoas tenham que caminhar mais do que o necessário, porque é mais fácil caminhar por uma picada aberta, do que andar no meio da floresta e abrir uma picada nova.

Na vida acontece o mesmo. Muitas pessoas continuam a fazer o curso errado, a trabalhar no departamento errado ou na cidade errada, apenas porque começou a picada e não quer mudar a direção.

Geralmente, isso acontece com pessoas que não têm muita certeza do que desejam como sonho, como grande objetivo de vida. O mesmo ocorre com empresas que não têm uma missão clara.

Tenho um amigo, americano de nascimento, mas brasileiro de coração, chamado Tommy Nelson, coach e especialista em "liderança servidora", conceito popularizado pelo livro "O Monge e o Executivo". em nosso país.

Tommy é especialista em planejamento de vida e trabalha com pessoas de todo o Brasil, ajudando-as a descobrir seus sonhos mais profundos e as maneiras de cada um realizar seu potencial.

Conversamos muito sobre isso - os sonhos mais importantes das pessoas, e concluímos sempre que, como dizia Goethe, nunca se vai muito longe quando não se sabe para onde está indo

Descubra para onde você quer ir. Depois estabeleça as metas, que podem ser mudadas a qualquer momento. Seu sonho é sempre mais importante do que as metas que o compõe.

Aldo Novak
autor do livro O Segredo Para Realizar Seus Sonhos

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A VERDADEIRA E PLENA AUTO-ESTIMA

Conheça a verdadeira e plena auto-estima
por Gilberto Coutinho

"Quando se pensa em auto-estima, não se deve relacioná-la ao amor próprio exagerado ou ao sentimento de que se é melhor ou superior aos demais".

"Auto-estima, sobretudo, é uma experiência íntima, um sentimento construtivo, uma consciência que se auto-afirma, um conceito positivo que se elabora a respeito de si mesmo, embasado em atitudes corretas, éticas e na integridade do caráter; é o respeito e o apreço da pessoa por si mesma" O estado de “espírito” tem grande influência sobre o bem-estar e a saúde. A tristeza, o medo, a raiva, os aborrecimentos, a mágoa, as preocupações e uma auto-estima baixa podem muito afetar desfavoravelmente a saúde. Por outro lado, a alegria de viver, a despreocupação, o descanso e uma auto-estima positiva têm efeitos muito benéficos.

Cada vez mais, a neurociência evidencia o fato de que aquilo que se pensa e se sente exerce enorme influência sobre o funcionamento de todo o organismo. Tais estados psíquicos atuam fisiologicamente sobre vários sistemas: nervoso, circulatório, digestório, glandular, tegumentar, etc.. Pensando bem, a auto-estima é um dos fatores que mais influi no desenvolvimento pessoal, no bem-estar e na saúde integral.

Não raro, conceitua-se erroneamente o termo auto-estima e é importante apreender-se seu verdadeiro significado, que nada tem a ver com vanglória, presunção infundada, jactância, arrogância, insolência, orgulho, ostentação, vaidade, egoísmo e ausência de atitudes concretas edificadoras. Muitas vezes, pode-se até cultivar o pensamento de que se é capaz, melhor, inteligente, habilidoso, não obstante, sem a demonstração, no diário viver, de atitudes concretas de tais habilidades.

A verdadeira auto-estima não valoriza o eu e o egoísmo, mas é a expressão da consciência e da sabedoria que habita o ser.

Auto-estima

A palavra “estima” (do latim aestimare) significa apreço, valor, afeição, gostar de, apreciação favorável de uma pessoa ou de uma coisa, amizade, consideração etc.. Auto-estima, sobretudo, é uma experiência íntima, um sentimento construtivo, uma consciência que se auto-afirma, um conceito positivo que se elabora a respeito de si mesmo, embasado em atitudes corretas, éticas e na integridade do caráter; é o respeito e o apreço da pessoa por si mesma.

A auto-estima, sem dúvida, é a base da idoneidade, do desenvolvimento espiritual e das potencialidades interiores, da saúde e da serenidade interior. Diariamente, há a necessidade da conscientização de sua importância e, portanto, de seu cultivo. É preciso nutri-la, despertá-la e aperfeiçoá-la.

A auto-estima nada tem a ver com o egoísmo, com o sentimento ou a atitude de excessivo apego aos próprios interesses, em detrimento dos interesses dos outros. A função primordial do sistema imunológico é o de proteger o organismo contra as diversas infecções e contra o desenvolvimento de câncer. A auto-estima tem função análoga, a de proteger a pessoa dos perigos, das agressões, dos desrespeitos, da vulnerabilidade, dos sofrimentos, etc.. Assim, quando alguém se valoriza e se respeita. Ou seja, tem a consciência da importância de seus valores pessoais, deixa-os transparecer naturalmente a outras pessoas, através de seu jeito de ser, de suas atitudes; também, passa a escolher com mais critério as pessoas com as quais, obviamente, identifica-se e com as quais necessita de relacionar-se como, por exemplo, patrão, empregados, amigos, parentes, vizinhos, etc..

Auto-estima: mecanismo de autopreservação do organismo

A auto-estima pode ser vista como um senso ou mecanismo natural e necessário de autopreservação e defesa do próprio organismo e da consciência que o habita.. A auto-estima positiva torna os seres humanos melhores e mais conscientes em relação à vida. Quem tem uma auto-estima positiva é mais sábio, pacífico e não vê a natureza, o seu semelhante com indiferença e como ameaça.

Pode-se dizer que existem três tipos de auto-estima:

(1). Auto-estima positiva: não é competitiva e nem comparativa. É constituída de dois importantes sentimentos, o de capacidade (de que se é capaz) e o de valor (de que se tem qualidades, de que se é pessoa valiosa, na medida do esforço de aperfeiçoamento). É resultante da confiança, do respeito e do apreço que uma pessoa possa cultivar em relação a si mesma.

(2). Auto-estima relativa: oscila entre o sentir-se apta e não, valiosa e não, “acertada” e “desacertada” como pessoa; tais incoerências se manifestam nos sentimentos e nas atitudes; às vezes, a pessoa age com sensatez, às vezes, com imaturidade, reforçando-se assim a sua insegurança. A supervalorização das próprias capacidades revela uma auto-estima confusa e não um excesso de auto-estima.

(3). Auto-estima baixa: caracteriza-se pelo sentimento de inferioridade e de incapacidade pessoal, de insegurança, de dúvidas a respeito de si mesma, de culpa, pelo medo de viver plenamente, pela sensação de que o que se é não seja suficiente, pelo baixo aproveitamento nos estudos ou no trabalho, pela imaturidade afetiva, pelas relações interpessoais destrutivas, etc..

É necessário que cada pessoa avalie e reflita profundamente a respeito de sua auto-estima, pois nem sempre os sentimentos de uma auto-estima deficiente são reconhecidos e admitidos.

Auto-estima, êxito e fracasso

Desenvolver uma consciência saudável a respeito de si mesma é de grande importância para a própria vida e para as outras pessoas, pois a auto-estima positiva torna a pessoa perspicaz, zelosa, capaz, benevolente, apta, generosa, saudável e valiosa perante à vida e aos seus semelhantes. A forma como alguém se sente intimamente influencia os diversos aspectos de sua existência, desde a maneira como age no trabalho, em casa, na escola, nos relacionamentos, no amor, no sexo, até na paternidade, na maternidade, nas possibilidades de aperfeiçoamento na vida... Portanto, a auto-estima positiva é a chave para o despertar da consciência, do êxito ou do fracasso.

Infância

Na infância, o amor, o apreço, o respeito, a segurança, o apoio e o incentivo dos pais e educadores são indispensáveis para a elaboração de uma auto-imagem positiva e saudável. No entanto, a contribuição negativa das pessoas, as críticas, o ciúme, o autoritarismo dos pais, as companhias destrutivas, o descuido com a integridade e a honestidade, a falta de responsabilidade e de disciplina, dentre outros fatores, podem afetar negativamente a auto-estima.

Juventude

Na juventude, as pessoas podem alimentar ou prejudicar a confiança e o respeito do jovem por si mesmo, se o respeitam ou não, se o amam ou não, se o valorizam ou não e o estimulam ou não a ter confiança em si. Apesar do que possa acontecer na vida, a pessoa é plenamente capaz de libertar-se das experiências desastrosas e de desenvolver uma auto-estima positiva, se assim, verdadeiramente, almejar.

Alguns sinais, sintomas e comportamentos refletem uma auto-estima baixa (com exceção dos distúrbios fisiológicos): inaptidão para a vida, insegurança, sentimento de inferioridade, sentimento de “desacerto”, angústia, depressão, medo de relacionamentos, o abuso do álcool, o tabagismo, o uso de drogas, o baixo aproveitamento escolar e o baixo rendimento no trabalho, o descaso com a saúde, os hábitos dietéticos errôneos, o maltrato às mulheres, o maltrato aos homens, uma vida sexual promíscua, a violação de menores, toda forma de violência e agressividade, as disfunções sexuais, a imaturidade afetiva, o suicídio, os crimes violentos, etc..

Quando se pensa em auto-estima, não se deve relacioná-la ao amor próprio exagerado ou ao sentimento de que se é melhor ou superior aos demais.

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